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Financiamento Eleitoral via Blockchain, time entrevista Vitalik Buterin e Semelhança entre logaritmo

Na edição de hoje:


  1. Criptoativos poderiam ajudar no financiamento de campanhas eleitorais?

  2. Time entrevista Vitalik Buterin, o "príncipe cripto"

  3. A semelhança entre logaritmos e maromba


Antes de tudo, convido você para um painel online em 30/3 às 14h, quando estarei com a Senadora Soraya Thronicke e Bernardo Srur da ABCripto no próximo dia 30/3 (quarta-feira), às 14h para falar sobre a nova lei de ativos virtuais em gestação. O painel será mediado por Claudio Rabin e se insere em um evento maior que irá até 20h daquele dia, o Portal do Bitcoin Summit. Você pode se inscrever clicando aqui.

Ainda, nessa semana o Monitor do Mercado publicou um texto de minha autoria, em que falo com algum desencanto sobre as mentiras que as empresas contam no mercado de capitais.

1) Criptoativos poderiam ajudar no financiamento de campanhas eleitorais?

Um conceito importante da criptoeconomia é a organização autônoma descentralizada (em inglês utiliza-se a sigla DAO), uma assembleia permanente de indivíduos unidos em torno de um objetivo comum para tomar decisões coletivamente, uma democracia direta (censitária) fundada em narrativas compartilhadas, com toda a dinâmica de participação, votação e transparência implementada por meio de títulos digitais (tokens).

Vejamos como essa ideia poderia ser aplicada para o funcionamento de partidos políticos.

Assim como um login e senha, os tokens permitem o acesso a ambientes de prestação de contas, divulgação de informações, deliberação sobre temas de interesse coletivo e, ainda, automatizam tarefas de cobrança de taxas associativas, tornando mais eficiente e transparente o processo de identificação de contribuintes e dos valores doados aos partidos.

Tanto na fase de campanha como após as eleições, os políticos poderiam se relacionar com seus afiliados, consultando-lhes sobre diversos temas, como deveriam votar em projetos de lei, quais são os problemas de maior prioridade, enfim, a agenda dos candidatos e dos políticos poderia ser construída coletivamente. O processo de alocação e distribuição de recursos, a escolha de candidatos, votações prévias e vários aspectos do dia a dia poderiam ser enormemente facilitados por meio dessas comunidades virtuais viabilizadas por tokens.

A posse de um token também permite o desenvolvimento de uma narrativa de pertencimento. Em tempos de metaverso, quando as pessoas dispendem tempo relevante em redes sociais e jogos, os partidos políticos podem desenvolver ambientes educativos, atividades de gamificação que estimulem uma consciência cidadã, gerando recompensas por reportar problemas diversos nas cidades ou contas públicas, empoderando as pessoas como fiscais da democracia, atestando a veracidade de fatos e dados (combatendo as fake news), ou, ainda, por concluir cursos sobre ideologias políticas e conteúdos socialmente relevantes (como filosofia, sociologia e história), prejudicados por grades enfadonhas nas escolas.

Assim, os tokens podem ser um passaporte para uma nova democracia e uma nova realidade para os partidos políticos.

O que você acha da ideia?

2) O príncipe cripto

Vitalik Buterin, criador do Ethereum, tem 28 anos e foi capa da última edição da Revista Time, sinalizando algumas preocupações com o futuro da criptoeconomia. Você pode ler o perfil de Vitalik feito pela Time aqui. A íntegra da entrevista pode ser acessada neste link.

Graças à plataforma Ethereum, foi possível explorar novas aplicações para a tecnologia blockchain - base do funcionamento do bitcoin - para além de transferências de moedas virtuais. Por exemplo, especialmente no ano de 2017, muitos projetos emitiram ativos virtuais para obter financiamento, oferecendo juros ou participação nos resultados - foi a febre das Initial Coin Offerings (ICOs), que despertou preocupações nos reguladores.

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